Acho que não há nada a ser dito, nesse momento palavras não resolverão. Já tá passando da hora da gente arrumar mais munição e voltar pra guerra.
Já ouvi tantos falarem: entrar nessa pra que se não vai dar em nada? É uma perca de tempo, força e paciência!
Mas, ainda assim, não foi o bastante para me desmotivar. Tive tantos motivos para não ter sonho algum, para desistir sem ao menos tentar. E hoje eu tô aqui lutando, porque eu acredito em vocês, mas também porque eu acredito em mim.
Tiro como exemplo o educador Paulo Freire, que defendia a ideia de que se aprende ensinando. E, nessa greve, a gente tá aprendendo, mas estamos aprendendo porque também estamos ensinando.
Ensinando àquele companheiro, que já não tem mais forças, a erguer a cabeça e não desistir de lutar pelos seus direitos.
Agora eu pergunto: vale a pena desistir depois de tudo? Não! Não pessoal! Quem nunca se feriu e sofreu para chegar aonde está hoje?
A gente entra na luta, cai, se levanta, olha pra frente e segue com mais força do que da primeira vez.
É assim que tem que ser, não vamos deixar a pressão ruim dos outros destruir nossa união, nossa força de vontade, nossos sonhos.
As coisas aqui vão se apertando, nós cada vez mais unidos e querendo ou não, acabamos criando um vinculo com os mais próximos.
E não é mentira quando eu digo que eu sinto um carinho especial e diferente por cada um aqui.
E antes de tudo uma tamanha admiração por presenciar a coragem e a força de vocês.
Sinceramente, foi um prazer imenso ter conhecido cada um de vocês.
Bom, é isso, espero que cada vez mais o movimento cresça e que nós continuemos unidos.
Porque aquele ditador não é digno nem da nossa indignação, nem tampouco da nossa raiva.
Estudante Maria Azevedo, 1° ano. EEFM José de Alencar.
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