FIQUE DE OLHO

sábado, 8 de outubro de 2011

SUSPENSÃO COM MOBILIZAÇÃO

       
    Ontem, sexta-feira, após acirrado debate, a maioria dos professores  presentes ao ginásio Paulo Sarazate. Decidiu pela suspensão da greve, que completava 64 dias de duração. O debate formou-se em torno de duas propostas: continuidade da greve e suspensão com mobilização.
            À medida que os professores iam chegando ao ginásio Paulo Sarazate, os grupos das diversas regionais juntavam-se para já discutirem entre si os rumos da greve. Nós do Zonal VI (VI legião) realizamos um mini-zonal, mas que de pequeno não teve nada, pois logo estávamos com pelo menos 15 inscritos para expor de forma democrática suas posições. O mesmo ocorria com os demais zonais das outras regiões. Mas nós, da VI Legião, éramos a todo instante consultado sobre qual era a nossa posição.
             Este blogueiro, que vos bloga, digo, que bloga a vocês, defendeu a ideia de que aquele era o momento de recuarmos, não porque estamos fracos, mas porque somos fortes e não devemos temer a desmobilização da categoria. Precisávamos retornar à escola para dizermos aos alunos e familiares que não somos intransigentes,  como o governo quer dizer à sociedade através de uma mensagem veiculada de minuto a minuto nas principais emissoras de tevê.  Outrossim, que não podemos perder a força que temos, não podemos deixar que a greve atinja uma curvatura diferente da que atingiu na última semana e retornar aos esvaziamento da semana pré-antecedente, que precipitaram os movimentos errados do governo. Fazer o quê? Esperar um novo erro do governo? Ficou claro que a retirada das grades que definiam o quadrilátero de proteção do palácio da Abolição, que surpreendeu aos mais de dez mil caminhantes na segunda-feira, 03 de outubro, foi uma provocação do Executivo, para que cometêssemos um deslize, pois ele já acenava: "não vamos mais errar". Por isso, diante desse cenário defendíamos a suspensão da greve com mobilização.  
           Dentro do nosso zonal, alguns companheiros defenderam a manutenção do movimento grevista, alegando que não havíamos ganho nada de fato e que o governo não é confiável. Que havíamos "apanhado" e que recuar agora seria covardia. Ao final desse mini-zonal, houve de comum acordo a decisão que não faríamos ali uma votação e que cada um votaria de acordo com sua convicção.


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