Amigos professores, amigas professoras, não se iludam: a greve acabou!
Não, eu não estou falando da greve dos professores, da nossa greve, que se iniciou em agosto deste ano, 2011, e que alguns teimam em manter e outros em acabar. Falo da greve como aprendemos a ver, a presenciar e lutar pelo resultado positivo. A greve dos motoristas de ônibus, dos bancários. A Greve Geral de 1986 ou a de 89. A famosa greve dos metalúrgicos do ABC paulista, liderada por quele que trinta anos depois viria acabar com a GREVE.
Sindicato chapa branca! |
É preciso reinventar o conceito de greve para que possamos reinventar nossa luta. Há quanto tempo os professores estamos lutando por migalhas, que os governos se negam a dar, até esmigalhar as migalhas para nos dar as migalhas das migalhas? Difícil precisar. Por isso temos que reinventar esse mecanismo. Para tal precisamos nos interrogar: a quem interessa a greve e a quem não interessa a greve? Amanhã vocês estarão lá no Ginásio Paulo Sarasate para mais uma assembleia. EU NÃO ESTAREI. Estou farto desses babões e dessas babonas que tentam e fazem a nós, os professores, de massa de manobra. Vocês que lá estarão verão mais uma vez a APEOC com seu discurso fajuta, tentando enganar os filiados, fazendo-se passar mais uma vez por representante da categoria. Não podemos acreditar nessa associação que é filiada à CUT. Ah, é com saudades que me lembro da Rosa Fonseca e Maria Luíza gritando a fartos pulmões: “Central Ú-ni-ca do Trabalhadores...” fazia apenas um ano que o PT havia sido fundado, e com ele sua central de sindicatos. Lembremos que José Pimentel, quando aqui esteve e foi inquirido sobre a postura do governo federal a respeito da postura do governador Cid Gomes, foi peremptório em afirmar: “O governador é nosso aliado...”. Como podemos acreditar nessa associação (APEOC), filiada à CUT, ao PT e aliada de um governo neoliberal, disfarçado de socialista? Vocês acreditam?
PSTU, em busca de palanque |
Por outro lado, colegas, temos os parasitas da greve. São aquelas pessoas que precisam do palanque, que nós, com nossas necessidades, lhes emprestamos. Fazem-se de heróis, deixam-se até espancar, sangram, mas não querem perder de nenhum modo a greve. É com desespero que se organizam, se confabulam e em nome da carreira, a qual muitos nem têm, defendem a manutenção da paralisação. Mentem, assim como a APEOC, encobrindo seus verdadeiros motivos. Estou falando do pessoal do PSTU, de Acrísio Sena, que hoje lambe os pés da prefeita Luiziane. Vendeu-se por um cargo no segundo escalão. Estou falando do POR, que cooptou alguns jovens e tenta se alicerçar como partido. Essa greve para eles é tudo ou nada. Se ela acaba, acaba a ideia de partido. Falo do Crítica Radical de maria Luíza e Rosa Fonseca. Com certeza, de todos, o mais bem intencionado, pois tanto Rosa como Maria, poderiam ser hoje deputadas, senadoras ou o que quisessem. Mas não se venderam, não se corromperam, como Artur Bruno, Nélson Martins, Inácio Arruda e Lula.
Vergonha da política nacional |
Por isso não irei à assembleia, pois me repugna o discurso falso de qualquer que seja o segmento, qualquer que seja o lado, quando faltam com a verdade, quando faltam com a honestidade. Tenho um sensor que me avisa. E acredito mais nele do que em todas as palavras ocas que serão ditas amanhã!
(Professor Alves)
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