FIQUE DE OLHO

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

NÃO IREI!



            Amigos professores, amigas professoras, não se iludam: a greve acabou!
          Não, eu não estou falando da greve dos professores, da nossa greve, que se iniciou em agosto deste ano, 2011, e que alguns teimam em manter e outros em acabar. Falo da greve como aprendemos a ver, a presenciar e lutar pelo resultado positivo. A greve dos motoristas de ônibus, dos bancários. A Greve Geral de 1986 ou a de 89. A famosa greve dos metalúrgicos do ABC paulista, liderada por quele que trinta anos depois viria acabar com a GREVE.
Sindicato chapa branca!

        É preciso reinventar o conceito de greve para que possamos reinventar nossa luta. Há quanto tempo os professores estamos lutando por migalhas, que os governos se negam a dar, até esmigalhar as migalhas para nos dar as migalhas das migalhas? Difícil precisar. Por isso temos que reinventar esse mecanismo. Para tal precisamos nos interrogar: a quem interessa a greve e a quem não interessa a greve? Amanhã vocês estarão lá no Ginásio Paulo Sarasate para mais uma assembleia. EU NÃO ESTAREI. Estou farto desses babões e dessas babonas que tentam e fazem a nós, os professores, de massa de manobra. Vocês que lá estarão verão mais uma vez a APEOC com seu discurso fajuta, tentando enganar os filiados, fazendo-se passar mais uma vez por representante da categoria. Não podemos acreditar nessa associação que é filiada à CUT. Ah, é com saudades que me lembro da Rosa Fonseca e Maria Luíza gritando a fartos pulmões: “Central Ú-ni-ca do Trabalhadores...” fazia apenas um ano que o PT havia sido fundado, e com ele sua central de sindicatos. Lembremos que José Pimentel, quando aqui esteve e foi inquirido sobre a postura do governo federal a respeito da postura do governador Cid Gomes, foi peremptório em afirmar: “O governador é nosso aliado...”. Como podemos acreditar nessa associação (APEOC), filiada à CUT, ao PT e aliada de um governo neoliberal, disfarçado de socialista? Vocês acreditam?
PSTU, em busca de palanque

        Por outro lado, colegas, temos os parasitas da greve. São aquelas pessoas que precisam do palanque, que nós, com nossas necessidades, lhes emprestamos. Fazem-se de heróis, deixam-se até espancar, sangram, mas não querem perder de nenhum modo a greve. É com desespero que se organizam, se confabulam e em nome da carreira, a qual muitos nem têm, defendem a manutenção da paralisação. Mentem, assim como a APEOC, encobrindo seus verdadeiros motivos. Estou falando do pessoal do PSTU, de Acrísio Sena, que hoje lambe os pés da prefeita Luiziane. Vendeu-se por um cargo no segundo escalão. Estou falando do POR, que cooptou alguns jovens e tenta se alicerçar como partido. Essa greve para eles é tudo ou nada. Se ela acaba, acaba a ideia de partido. Falo do Crítica Radical de maria Luíza e Rosa Fonseca. Com certeza, de todos, o mais bem intencionado, pois tanto Rosa como Maria, poderiam ser hoje deputadas, senadoras ou o que quisessem. Mas não se venderam, não se corromperam, como Artur Bruno, Nélson Martins, Inácio Arruda e Lula.
Vergonha da política nacional
         Por isso não irei à assembleia, pois me repugna o discurso falso de qualquer que seja o segmento, qualquer que seja o lado, quando faltam com a verdade, quando faltam com a honestidade. Tenho um sensor que me avisa. E acredito mais nele do que em todas as palavras ocas que serão ditas amanhã!
(Professor Alves) 

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